Reunião de Câmara, 14 de Julho de 2022 – 2ª Parte

No final da reunião, um membro sindical da Direção Geral de Vila Real leu uma carta aberta ao Governo e às Autarquias contra o empobrecimento, redigido pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins. 

Depois, o vereador Octávio Rodrigues solicitou a palavra para colocar duas questões ao executivo. Começou por dizer que “dado o período de seca, não posso deixar de expressar a minha preocupação com a água e a ETA” e perguntou se “o movimento de terras provocado pelas intervenções na Barragem de Gouvães coloca em risco a qualidade da água”. Respondeu o Presidente da Câmara que a Associação Portuguesa do Ambiente não aprovou a construção de uma ponte na barragem. Colocaram-se decantadores na ETA e há acompanhamento dos melhores técnicos a nível nacional, sendo que a qualidade da água está muito melhor do que há um ano. Prosseguiu dizendo que “o nível da água é elevado.  Há água suficiente. Mas há problemas de abastecimento em algumas localidades, sobretudo por causa de fugas e ligações “pirata”. Referiu ainda campanhas para sensibilização do consumo de água, terminado dizendo que a situação está controlada. O vereador do PS perguntou ainda “se tivéssemos feito o caminho de outro modo (pelo pontão) teríamos todo este trabalho de salvaguarda da qualidade de água?”, ao que o vereador Arlindo Ribeiro respondeu que a a qualidade de água não tem nada a ver com as obras. Por fim, o vereador Octávio Rodrigues questionou se o meio ano de análises contínuas de que o Município já tinha falado em reunião passadas já estava em curso, tendo o Presidente da Câmara respondido que ainda não.

A segunda questão do vereador do PS prendeu-se com o ponto de água na aldeia de Valoura, explicando que esteve no local e que constatou que se trata de água do regadio mas que os regantes não foram contactados nem sensibilizados para a sua passagem. O Presidente da Câmara respondeu que o problema já foi ultrapassado. 

A vereadora do Partido Socialista também pediu a palavra para colocar algumas questões. Começou por dizer que “na reunião de 28 de abril questionámos o Município sobre o ponto de situação do Centro de Recolha Animal. Na altura disseram que a obra estava em fase de concurso, a aguardar adjudicação. Tendo já passado mais de dois meses, há alguma novidade neste assunto? Quando se prevê avançar efetivamente com a obra?”. O Presidente da Câmara esclareceu que o projeto foi remodelado e não há previsão para a execução. Interveio novamente a vereadora Katarina Da Silva para questionar se não há prazo de execução para a candidatura aprovada, no valor de 56.480 Euros, para a obra ao que o Presidente da Câmara disse não. 

Depois, a vereadora do PS questionou sobre os prejuízos agrícolas causadas pelo granizo que recentemente caiu em algumas aldeias do concelho. Especificamente perguntou se já tinha sido feito algum contacto com produtores e agricultores locais para averiguar prejuízos e ainda se se tinha feito algum contacto com Ministra da Agricultura e Alimentação sobre a questão. O Presidente da Câmara disse que as freguesias de Capeludos de Aguiar, Bragado e Sabroso de Aguiar foram as mais afetadas. Foi feito um levantamento nessas localidades e foi feito um contacto à dirigente regional que encaminhou a questão para a Ministra. 

Por fim, a vereadora referiu que “tendo Vila Pouca de Aguiar sido integrado na Missão da União Europeia para a Adaptação às Alterações Climáticas (1 de 8 regiões do país), o que se pretende fazer no âmbito deste programa?”. O Presidente da Câmara explicou que o projeto visa essencialmente a conservação dos recursos naturais. A vereadora do Partido Socialista interveio para questionar, uma vez que se tem até setembro para submeter candidaturas para financiamento no âmbito deste programa, se já há propostas e ações concretas definidas pelo Município? O Presidente da Câmara respondeu que esta Missão da EU tem uma série de critérios e linhas orientadoras já estipuladas para a ação, terminando ao sublinhar a importância das políticas verdes no concelho. A vereadora Katarina Da Silva pediu novamente a palavra para dizer que, ainda sobre a questão da sustentabilidade ambiental, teve oportunidade de ver a nova edição do Rumos de Aguiar e que, embora na capa conste o símbolo da reciclagem, o livro vem embalado em plástico. Prosseguiu dizendo que, “ecologicamente falando, parece-me incoerente sobretudo quando sabemos o impacto ambiental que o plástico acarreta para o nosso planeta”. O Presidente da Câmara disse não ter conhecimento da situação mas que iria averiguar e procurar tornar a próxima edição e distribuição mais ecológica.

Partilha!

1 thought on “Reunião de Câmara, 14 de Julho de 2022 – 2ª Parte”

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *