Reunião de Câmara, 23 de maio de 2024

A reunião de 23 de maio integrou 11 pontos na Ordem de Trabalhos (OT) e iniciou com a aprovação, por unanimidade, da ata da reunião ordinária de 9 de maio.

Depois, foi proposta uma ratificação ao empreendimento de habitação social no Bairro da Cruz Vermelha. O vereador do Partido Socialista, Octávio Rodrigues, pediu a palavra para solicitar que este ponto fosse discutido em simultâneo com o ponto 4 da OT (correção material do Plano de Pormenor do Bairro das Barreiras), uma vez que ambos se referem ao mesmo bairro. A Presidente da Câmara solicitou a presença do Chefe da Divisão de Ambiente e Urbanismo para mais esclarecimentos.

Enquanto se aguardava a chegada do mesmo, foi proposta e aprovada por unanimidade a ratificação às condecorações na sequência do Dia do Município.

 Já na presença do Chefe de Divisão, os pontos 2 e 4 foram levados à discussão, tendo o vereador do PS pedido a palavra para pedir esclarecimentos sobre quais os erros materiais que se fala na proposta para o plano de pormenor. O técnico explicou então que seria necessário adaptar o plano às novas tipologias que se pretendem construir (sete T1 e um T3) e que, para ter acesso a financiamento, o projeto tinha de ser aprovado pela Câmara Municipal, com a adjudicação e consignação da empreitada, até 31 de maio de 2024. O vereador do PS pediu novamente a palavra para manifestar a sua discordância com a forma como o processo é conduzido, lembrando que, sendo assim, se lançou um concurso a um projeto que não respeitava o plano de pormenor. A Presidente da Câmara explicou que aquilo que se pretende é a alteração do projeto de habitação social, que passa de 10 para 8 habitações. A vereadora do PS, Katarina Da Silva, também pediu a palavra para dizer que o procedimento revela falta de visão, estratégia e planeamento no que concerne a habitação social. Lembrou ainda que recentemente a vereação do Partido Socialista havia alertado para o risco de este projeto se tornar alvo de remendos constantes e que, um mês depois, tal já se verifica. A Presidente da Câmara respondeu, dizendo que não se está a cometer nenhuma ilegalidade e que o bairro está a ser pensado há 9 anos. A vereadora do Partido Socialista respondeu dizendo que não coloca a legalidade do procedimento em causa, mas que lhe causa confusão o facto de um projeto pensado há 9 anos estar a ser conduzido com tamanha urgência. Os pontos 2 e 4 foram levados à deliberação e aprovados por unanimidade.

Depois, foram deliberados e aprovados por unanimidade o contrato de aquisição de serviços para o BUPI e a alteração de topónimo na Junta de Freguesia de Telões. Seguidamente, foi deliberada a ratificação das medidas compensatórias no âmbito do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, que visou a restituição financeira dos 6% do IVA associados aos trabalhos de plantação e manutenção florestal, suportadas pelas Comunidades Locais dos Baldios das zonas afetas. O vereador do Partido Socialista pediu a palavra para questionar quem faz o acompanhamento dos referidos trabalhos, tendo o vereador Luís Filipe Nascimento dito que seria o Eng. Duarte Marques, pela AguiarFloresta. O vereador do PS questionou ainda sobre a taxa de sucesso das intervenções, tendo a Presidente de Câmara dito que fará chegar essa informação posteriormente. Pediu também a palavra a vereadora Katarina Da Silva, para se referir ao acesso que liga Pedras Salgadas e Parada de Monteiros, também incluída nas medidas compensatórias, dizendo que o mesmo se encontra em más condições. Questionou ainda sobre os semáforos existentes entre Soutelo de Matos e Cabanes, frequentemente avariados, e ainda sobre o alargamento das estradas de acesso às barragens, lembrando que, em determinados troços, estas são tão estreitas que dois veículos pesados não conseguem cruzar. A Presidente da Câmara esclareceu que todas as questões fazem parte das medidas compensatórias e que as situações estão a ser averiguadas, tendo inclusive havido uma reunião com a Iberdrola recentemente. A proposta foi aprovada por unanimidade.

Seguiram-se propostas no domínio da transferência de competências para os órgãos municipais e para as entidades intermunicipais no domínio da saúde (receção de automóvel) e para comparticipações financeiras para o Festival Artimanha, promovido pela Associação Animódia, e o 1º Troféu Terras de Aguiar, promovido pelo Automóvel Clube de Pedras Salgadas. O vereador Octávio Rodrigues pediu a palavra para dizer que, à semelhança do que acontece na proposta do Automóvel Clube de Pedras Salgadas, o pedido de comparticipação da Associação Animódia deveria ser acompanhado por um orçamento descritivo. As propostas foram aprovadas por unanimidade.

A última proposta da OT prendeu-se com a comparticipação financeira ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, que pretendiam realizar um encontro na Lagoa do Alvão. A proposta foi aprovada unanimemente. A vereadora do Partido Socialista aproveitou para solicitar ao Executivo um relatório sobre a execução e número de visitas do Centro de Educação Ambiental, projeto desenvolvido com financiamento do Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar.

Finda a OT, o vereador Octávio Rodrigues pediu a palavra para solicitar um resumo dos procedimentos adotados para o Plano de Intervenção do Espaço Rústico da Área de Exploração Consolidada de Recursos Geológicos de Telões, desde o ano de 2022.

A vereadora do PS, Katarina Da Silva, também pediu a palavra para se referir às zonas de estacionamento pago, explicando que ultimamente tem recebido relatos de pessoas que estacionam sem pagar a tarifa e que, depois, não são intimados nem sujeitas a coima. Reforçou a necessidade de se definir de uma vez por todas a política de estacionamento pago, dizendo que “ou se cumpre o que está estabelecido no Regulamento ou se elimina o estacionamento pago”, até porque “segundo sei, há comerciantes que adquiriram dísticos mensais ou anuais para estacionamentos que nem sequer estão a ser fiscalizados” concluindo que se acaba por prejudicar quem se diz querer beneficiar: o comércio local. O vereador do Pelouro, Arlindo Ribeiro, disse não ter sido informado de tal situação, mas que é intenção do Executivo fazer-se cumprir o Regulamento e que irá averiguar a situação.

 

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