O homem contemporâneo conquistou um grande número de direitos, impensáveis para sociedades de séculos anteriores. Era comum aos governantes realizarem todas as suas vontades e disporem de seus súditos como bem entendessem. Em vários momentos da história políticas de racismo, exclusão, escravidão, dominação e violência para afirmação do poder foram aceites com naturalidade, e não havia a possibilidade do diálogo ou da escolha de uma alternativa por parte do povo. A Democracia é sinónimo de alternância de poder condenando a perpetuidade de dirigentes políticos no poder. É graças à adoção de um sistema democrático que pessoas no mundo todo têm o direito de participar na cena política local, de debater e de fazer parte integrante na decisão de políticas locais. Com isto a liberdade de expressão, a dignidade humana e o direito de defesa. Esta permanência no poder cultiva governantes sem programa, políticas medíocres e sem realizações relevantes para o concelho. Contribui para que os políticos na busca da perpetuação do poder, apostem na camuflagem dos problemas e especialmente, no comodismo de todos os que aprovam sem questionar as mais descabidas políticas. O prestígio e o poder político são usados muitas vezes para confrontar, subornar, oprimir e humilhar. Os mais necessitados submetem-se a esses métodos, contrariando as suas consciências de pessoas dignas, com receio de perder o emprego, o serviço e o fornecimento dos seus produtos e serviços. Os discursos vazios de promessas futuras por quem está no exercício do poder, evidencia a distorção do deixar o trabalho do mandato presente em função da conquista eleitoral de um próximo mandato. O princípio da alternância na ocupação do cargo é extremamente saudável para a manutenção dos princípios democráticos, garantindo a conquista da democracia. É o desvirtuamento das políticas locais por parte dos responsáveis políticos que podem pôr em perigo as conquistas populares. Na democracia, a alternância de poder é imprescindível para que novos métodos políticos e administrativos sejam introduzidos. O nosso concelho precisa de vitalidade, de políticas de emprego, que traga crescimento económico e um melhoramento da vida concreta das pessoas. Onde estão os nossos jovens que foram estudar e cultivar a sua formação? Por que motivo deveriam eles regressar? Quais os incentivos? Quais as ofertas? E o comércio local, o que é feito dele? Onde estão as pessoas para poderem comprar no comércio tradicional? Que políticas e medidas estão a ser tomadas para melhorar esta prolongada apatia, depressiva e melancólica economia do nosso concelho? Onde estão os visitantes de Tresminas? Onde está o retorno em volta do investimento feito? E a nossa agricultura sobrevive? Por onde? Em que meios? Viva o Castanheiro de Vales, árvore de renome mundial… Vamos dar uma volta nisto… Acreditem em nós… Deem-nos o benefício da dúvida… Sim é possível… 20 anos, bolas!!!
