Nove autarquias de vários pontos do país constituíram ontem, em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, a Associação de Municípios Portugal Romano, que pretende preservar a herança romana e promover o turismo cultural.
Além de Condeixa-a-Nova, que acolhe o maior complexo de ruínas romanas em Portugal, com mais de 100 mil visitas anuais, integram a associação como fundadores as Câmaras de Ansião, Braga, Oliveira do Hospital, Penela, Santiago do Cacém, Seixal, Tomar e Vidigueira.
“Hoje é um dia histórico para a valorização do património romano. A associação é um veículo para a promoção e valorização do património romano, que consideramos estar de alguma forma esquecido”, disse aos jornalistas Nuno Moita, presidente do município de Condeixa-a-Nova, onde fica instalada a sede.
Para o autarca, um dos objetivos passa por preservar o património, “que é um produto cultural turístico já feito, que é preciso valorizar, porque tem um grande potencial de visitação”.
“A associação é um veículo para conseguir agregar vontades, outras participações e para reivindicar um programa específico no quadro comunitário que se aproxima”, disse Nuno Moita, adiantando que existem mais municípios interessados em integrar o projeto.
Segundo o presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, o grande objetivo é “criar uma rede de âmbito nacional que possa levar à criação da Rota do Romano, que não existe, e estabelecer parcerias europeias, particularmente com a Rede de Cidades Romanas do Atlântico”.
Também o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, considerou que a questão mais importante “é a promoção e valorização de um património que estes municípios possuem”.
“Temos obrigação de criar e potenciar uma rede de municípios que possa potenciar este património e criar perspetivas de financiamento comunitário”, disse à agência Lusa.
O autarca, que no seu território alberga as ruínas de Miróbriga, que registam quase 15 mil visitas anuais, prevê que a Associação de Municípios Portugal Romano desenvolva “um trabalho em rede, de articulação, para a valorização da presença romana no país, que foi um momento importante na história”.
De acordo com os estatutos, a associação tem por fim a promoção de uma ação cultural e social constante, tendo em conta a existência “de uma herança romana como valor identitário do nosso país, bem evidenciado nos monumentos romanos do território dos municípios associados”. Este era o projeto que Vila Pouca de Aguiar, em Tresminas, poderia e deveria integrar. Seria, com certeza uma mais valia para se promover de uma forma integrada, entre os vários concelhos os vestígios romanos. Senhor Presidente da Câmara Municipal, onde pára o dinheiro investido em Tresminas? Algum retorno em volta do investimento feito que nos possa demonstrar? Mostre-nos os resultados!